sábado, 16 de julho de 2011

segunda-feira, 11 de julho de 2011



Quatro personagens deslocados no tempo: a mulher que vai de Taiwan à Paris, e não consegue dormir pela noite, devido à diferença de fuso; o vendedor de relógios, que ao vender o seu para a mulher, cria certa mania de ajustar os relógios ao horário da capital francesa; sua mãe, que tenta adaptar-se ao tempo do marido, morto (o tempo suspenso); e a do próprio autor, que, apaixonado pelo cinema de Truffaut, busca este encontro, materialmente impossível, através do filme (exatamente em um cemitério - onde as coisas tornam-se imutáveis -, que tal encontro ocorre). Todos presos a um tempo virtual, não-próprio, o tempo dos outros. Ming-Liang prova que, pelo menos no cinema, é impossível definir com certeza as quatro dimensões de um evento, e dá vida novamente a seus mortos.

terça-feira, 5 de julho de 2011



A luta solitária, a corrupção como negação da ação - filme de bastidores -, o lento processo de desmoronamento. A confusão entre disfarce e desgaste. A ruína como troféu.